Doenças de Veiculação Hídrica: Riscos e Prevenção

Publicado em 05/02/2024

Enfrentando as Implicações das Doenças de Veiculação Hídrica no Brasil

Atualmente cerca de 35 milhões de pessoas enfrentam a falta de água potável no Brasil, enquanto 100 milhões não possuem coleta de esgoto. Os números publicados no Painel Saneamento em 2021, também impressionam ao apresentar que apenas 51,2% dos esgotos do país são tratados. Milhares de hospitalizações são registradas anualmente devido às doenças de veiculação hídrica e gerando custos que poderiam ser evitados.

De acordo com a ONU, os direitos humanos preveem a disponibilidade da água e saneamento, a promoção da saúde e do bem-estar à população. Entretanto, mesmo com a melhora crescente nos indicadores de saneamento no Brasil ao longo das últimas décadas, muitas localidades sofrem com a precariedade ou até mesmo inexistência de saneamento básico.

Por consequência, um dos resultados da ineficiência do saneamento é o aumento do registro de doenças de veiculação hídrica. Elas são causadas pela ingestão ou contato com água contaminada por agentes patogênicos, como vírus, bactérias e parasitas ou por produtos químicos, agrotóxicos ou metais pesados.

As principais doenças de veiculação hídrica são: Giardíase, amebíase, febre tifoide, gastroenterite, hepatite infecciosa, cólera e algumas verminoses, como esquistossomose, ascaridíase, teníase, oxiuríase e ancilostomíase. Essas doenças possuem tendência a se proliferar em locais onde o saneamento é precário, visto que há um alto risco de contaminação.

Cabe ressaltar que o saneamento básico desempenha um papel fundamental na promoção da qualidade de vida da população. Além do tratamento de esgoto sanitário, também engloba o manejo adequado das águas pluviais e a captação, tratamento e distribuição de água.

A carência nesses serviços também influencia no aumento de doenças transmitidas por mosquitos, como a Dengue a Chikungunya, que infectam milhares brasileiros anualmente, resultando em óbitos nos casos mais graves.

Mas e o que fazer?

Apesar da importância da adoção de técnicas individuais para a prevenção, os serviços de saneamento básico são de responsabilidade dos municípios. Essas doenças são consideradas um problema de saúde pública e ainda são necessários esforços adicionais para evitá-las. É preciso uma abordagem mais robusta na gestão, planejamento e execução de estratégias para alcançar a universalização desses serviços.

Tais medidas visam garantir o bem-estar físico e social, contribuindo diretamente para a preservação da saúde da comunidade. Nesse sentido, buscando cooperar na difusão de informações e conscientização da população, a Soluziona Energia e Meio Ambiente juntamente com a Creral, vem realizando atividades de educação ambiental que abordam o tema nas comunidades e escolas no entorno da CGH Cascata das Andorinhas.

Alyssa Freitas
Bióloga

Alana Bonamigo
Esp. em Direito Ambiental e Gestão de Energias Renováveis

Posts relacionados
Tags
Compartilhar
Voltar para todos os posts

Receba nossas notícias em seu e-mail. Preencha: